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INFORMAÇÃO SUMÁRIA
Padroeira: Santa Marinha.
Habitantes: 886 habitantes (I.N.E.2011) e 909 eleitores no ano de 2011.
Sectores laborais: Pequeno comércio, pequena indústria, hotelaria, agricultura e pecuária.
Tradições festivas: Senhora da Pena (Julho), Senhora do Porto (3º domingo de Agosto) e Santa Marinha.
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Convento de S. Paio, capelas da Senhora da Pena, da Senhora do Porto e do Senhor dos Esquecidos, cruzeiros, Quinta da Torre, Senhora da Pena, alto da Pena, rio Minho.
Gastronomia: Arroz de lampreia, rojões debulho de sável.
Artesanato: Miniaturas em cortiça.
Colectividades: Associação Cultural e Desportiva da Freguesia de Loivo e Rancho Folclórico e Etnográfico de Loivo.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
A Freguesia de Loivo ocupa uma área de 526 ha, localiza-se junto à vila, de Vila Nova de Cerveira, com a qual estabelece limites, e é constituída pelos seguintes lugares: Aldeia, Bagoada, Bouça Vedra, Chão do Outeiro, Cova da Serpe, Fonte, Loivo, Mata Velha, Segerém e Vale de Cima.
Confronta com Vila Nova de Cerveira, por norte, Gondarém, por sul, Candemil, Covas e Sopo, por nascente, e com o rio Minho, por poente, tendo a Galiza (Espanha) na outra margem.
RESENHA HISTÓRIA
A história da sua fundação vai até tempos muito recuados. Sabe-se que aqui existiu, fundado em 1477, o Mosteiro de Santa Maria de Loivo, de monjas beneditinas. No sítio de Pedroso, diz a tradição ter havido uma torre, que os vizinhos derrubaram, pouco a pouco, para edificação das suas casas.
Numa quebrada do monte da Pena, dominante, foi construído, em 1392, por ordem do frade Gonçalo Marinho, o inicial mosteiro franciscano chamado de S. Paio do Monte. Sítio de muita devoção e de grande concurso de gente — tanto que D. Dinis tinha autorizado que na altura da festa se fizesse também uma feira franca —, neste mesmo local, nas ruínas do convento medieval, foi levantada, no século XVII, a igreja e, para assistir aos devotos, reconstruído o conjunto que hoje é conhecido como Convento de S. Paio.
O eremitério, com a sua pequena quinta, mais parece um oásis de verdura. O seu actual proprietário, o escultor José Rodrigues, na impossibilidade de repor igreja e convento na traça primitiva, optou por uma recuperação de adaptação que, sem ofender o ambiente ou o ascetismo franciscano, o transforma em agradável local de peregrinação artística. E sobejam ainda ruínas, várias sepulturas armoriadas e vestígios vários da sua primitiva traça românica.
A igreja paroquial, templo do século XVIII, tem uma entrada de arco abatido, grande janela de moldura ondulada e torre sineira do século XIX, se bem que na parede sul existam duas inscrições de cronologia anterior; a Quinta da Torre, com casa de habitação brasonada (século XIX) com escadaria de acesso e portal D. João I rodeada de leões e jardins de que faz parte um carvalho secular classificado como imóvel de interesse público; a Capela da Senhora do Porto, dos séculos XVIII/XIX; um cruzeiro em granito, implantado num penedo que possui várias gravuras de data indefinida; e outro cruzeiro em granito, de 1917, com plinto moldurado assente em base de dois degraus, sendo o fuste cilíndrico e canelado, rematado por capiteI compósito e tendo a cruz um Cristo esculpido.
As alminhas de Pedroso encerram uma curiosa história. Diz a voz do povo que substituíram um velho cruzeiro, mandado erigir, em 1670, por Julião Mendes, como lembrança de um triste episódio das campanhas da Guerra da Restauração. Assim se conta, segundo a recolha de J. Marques Rocha: “Foi na noite de 24 para 25 de Setembro de 1643 que a companhia portuguesa que guardava o posto de Loivo observou uma barcaça cheia de gente de guerra, pretendendo encostar silenciosamente à margem portuguesa do rio Minho. O comandante Gaspar Mendes conteve os soldados até completo desembarque das tropas inimigas, para depois, de surpresa, lhes cair em cima e destroçá-las. Mas as forças portuguesas, vendo a força mais numerosa do que cuidavam, fugiram quase todas; e o comandante Gaspar Mendes, auxiliado apenas por meia dúzia de homens, sustentou dura peleja contra os galegos. Morto o capitão, rendidos os escassos defensores, os espanhóis mutilaram-lhe o corpo já sem vida e praticaram todo os género de barbaridades.”
A antiga freguesia de Santa Marinha de Loivo foi vigairaria da apresentação do Mosteiro de Sant’Ana, no termo de Vila Nova de Cerveira, e esteve anexada ao concelho de Valença, de 12 de Julho de 1895 a 13 de Janeiro de 1898, durante a supressão de Cerveira como concelho.
Loivo, de uma forma geral, mas mais acentuadamente a partir do Monte da Pena, desfruta de excelentes vistas paisagísticas. Também as belezas ribeirinhas do Rio Minho e do Ribeiro de S. Gonçalo, são pólos atractivos a ter em conta. O património edificado (Convento de São Paio, Igreja Paroquial e Casa da Aldeia), são outras valências, que merecem destaque nas potencialidades turísticas e culturais de Loivo.